quarta-feira, 3 de setembro de 2014

POR QUE OS BANCOS QUEREM DERROTAR DILMA?

Antonio Augusto de Queiroz  31/08/2014 11:00
É jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). - See more at: http://brasildebate.com.br/por-que-os-bancos-querem-derrotar-dilma/#sthash.5flHkoUd.dpuf





Por que os bancos querem derrotar Dilma?

Numa única palavra: ganância. Nunca os banqueiros deste país lucraram tanto como nos governos do PT, mas esse pessoal não tem limite. Neste texto elenco quatro motivos que embasam tamanha hostilidade ao governo Dilma. Esse comportamento do mercado financeiro vale para qualquer governo que não aceite o jogo da banca.

O primeiro motivo, e não necessariamente o principal, é porque o governo Dilma ousou desafiá-los, ao interferir na margem de lucro deles, ao pressionar o Banco Central que reduzisse a taxa Selic, de um lado, e, de outro, que os bancos oficiais (BB e CEF) reduzissem o spread bancário, a partir da concorrência com a banca privada.
Os banqueiros, que antes elogiavam o governo, passaram a hostilizá-lo e a promover campanha com o objetivo de desqualificar a presidente e seu governo quanto à capacidade de manter a inflação e o gasto público sob controle, inclusive alugando alguns articulistas de economia da grande imprensa.

Insistiram nessa tática, aparentemente sem resultados, durante dois anos, até que, por sazonalidade nos produtos hortifrutigranjeiros, houve aumento de alimentos, inicialmente da batata e logo em seguida do tomate, criando as condições para a vitória da guerrilha inflacionária, que assustou os consumidores e forçou o governo a autorizar o retorno do aumento da taxa de juros.

O segundo motivo é porque nos governos do PT o dinheiro de origem trabalhista (FAT, FGTS e alguns Fundos de Pensão de estatais), com baixa intermediação do sistema financeiro privado, foi utilizado para fornecer crédito barato, gerar emprego e renda. Ou seja, em lugar de ir para a especulação, com ganhos astronômicos dos rentistas, esse dinheiro foi para o investimento produtivo.

Em um governo de perfil liberal, que afrouxa ou desregulamenta a economia e abre mão de dar a direção aos investimentos, esses recursos certamente seriam administrados por banco privados e não por bancos oficiais (BB e CEF) nem tampouco pelo BNDES e certamente iriam para a especulação e não para o investimento.

O terceiro motivo foi a criação do Fundo Soberano, com as finalidades de promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos econômicos e fomentar projetos de interesse estratégico do país localizados no exterior. Isso reduz as perspectivas de captação e administração de recursos públicos pela banca privada.

O quarto foi a criação do Banco do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que terá um capital inicial de U$ 50 bilhões e que poderá ser utilizado, com custo mais baixo, por seus sócios, o que, igualmente, não agradou aos banqueiros brasileiros.

As motivações, como se vê, são todas decorrentes do desconforto com a presença do governo na gestão ou intermediação de parcela dos recursos destinados aos investimentos (capital estatal, capital privado nacional e capital estrangeiro), sendo o maior montante os de origem trabalhista.

PALESTRANTE MARINA TRABALHA PARA BANCOS por lioza.correia@gmail.com

Marina ganha R$ 1,6 mi ao falar a bancos e empresas em palestras

Valor equivale à soma após candidata deixar o Senado em 2011

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, realizou dezenas de palestras para as mais variadas instituições entre 2011 e 2014, com uma carteira de clientes que inclui grandes bancos, empresas e seguradoras.

Após terminar a disputa da eleição presidencial na terceira colocação quatro anos atrás e deixar o Senado, em 2011, Marina abriu uma empresa em Brasília pela qual passou a receber por suas conferências.

Entre abril de 2011 e maio deste ano, Marina ganhou R$ 1,6 milhão bruto com essas palestras, conforme revelou neste domingo (31) — o jornal Folha de S.Paulo. Ela interrompeu as atividades de palestrante após lançar candidatura neste ano e negocia com o PSB receber uma remuneração mensal do partido, segundo sua assessoria de imprensa.

Marina foi contratada por bancos, como Santander e Crédit Suisse, pela multinacional Unilever e pela Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização). Foi remunerada ainda por palestras na Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia.

Houve eventos em que ela não cobrou pela palestra, como numa conversa, meses atrás, com alunos do Curso Estado de Jornalismo.

Faz parte do trabalho de Marina como palestrante se reunir com grupos pequenos de executivos do sistema financeiro e ser remunerada por isso. A assessoria de Marina afirma que o tema recorrente de suas palestras é a sustentabilidade.

A lista completa de clientes não é divulgada pela candidata sob o argumento de que os contratos são confidenciais. É o mesmo procedimento usado por outros políticos que costumam ser remunerados por palestras, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornal O Estado de S. Paulo obteve os nomes de parte da carteira de clientes de Marina a partir de uma série de entrevistas no meio empresarial.

Valores

Os valores de cada palestra de Marina variam conforme o cliente. Da Fundação Dom Cabral, por exemplo, uma instituição privada de ensino de Minas Gerais, ela cobrou R$ 15 mil. O Conselho Federal de Contabilidade pagou R$ 33 mil a Marina.

O Santander e o Crédit Suisse não revelam quanto pagaram pela palestra de Marina.

Desde junho deste ano, quando se candidatou à vice-Presidência da República na chapa de Eduardo Campos, Marina “mantém-se com a poupança acumulada até então” com o trabalho de palestrante, segundo sua assessoria de imprensa.

Aplicação

A candidata, contudo, não declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter uma poupança. Confrontada com essa informação, a equipe de Marina afirmou que usou o termo “poupança” inadequadamente e que, na verdade, ela “mantém-se com o que dispõe em sua conta-corrente.” Ao tribunal, Marina informou que tem R$ 27.920,58 na sua conta corrente.

Em 19 de agosto, o marido de Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, deixou o cargo de secretário-adjunto do governo do Acre. Para que ela possa pagar suas despesas, “a campanha discute se haverá algum tipo de auxílio para o período até 5 de outubro”, informou a assessoria da candidata. Entre as contas mensais de Marina está o aluguel de R$ 4.200,00 da casa em que mora, em área nobre de Brasília.

Ela também ocupa um apartamento quando está em São Paulo. Conforme a campanha, o imóvel foi emprestado pelo empresário Carlos Henrique Ribeiro do Vale e registrado no TSE.

Na primeira vez que concorreu à Presidência, Marina declarou patrimônio de R$ 149.264,38. Em 2014, o valor caiu para R$ 135.402,38.

Em tempo: liga o Vasco:

- Engraçado… A notável palestrante não faz palestra para sindicato, organização de operários ou operárias. Índios que ela protege da fúria hidrelétrica …Não tem bagre na carteira dela … É só banco estrangeiro, seguradora, Unilever… Carteira gorda – carteira de clientes gorda … De dar inveja ao FHC, que também o Itaúúú contrata e não pisa em sindicato, ou organização de aposentados, porque ele nao é bobo …